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Filmes que todo amante de vinhos deve assistir

Cinema

Que tal aproveitar o fim de semana para ver um bom filme? Separamos dicas de obras que falam sobre vinho e encantam qualquer enófilo

Cena do filme Sideways – entre umas e outras, que recebeu o Oscar de melhor roteiro adaptado

Os ditos “filmes de vinho” raramente tratam do vinho em si. Eles falam sobre as relações humanas estabelecidas por meio da bebida e toda a cultura que a envolve. E assim eles conquistam os espectadores, pois tratam de temas como amor, amizade, tradição, de formas mais simples de enxergar o mundo e a relação entre as pessoas etc. O vinho, obviamente, está por trás de tudo isso.

Um dos mais clássicos dos últimos anos é a comédia dramática “Sideways – Entre umas e outras”, lançada em 2004 e que recebeu o Oscar de melhor roteiro adaptado, sendo indicada para outras quatro categorias, incluindo melhor filme. O filme conta a história de dois homens de meia idade que seguem para uma aventura no condado vinícola de Santa Barbara. Lá, metem-se em confusão quando um deles, que está para se casar, tenta se relacionar com algumas mulheres. Toda a ação é permeada por momentos de provas de vinho em que um dos protagonistas “decanta” sua preferência pelaPinot Noirem detrimento daMerlot. O drama final deste personagem também conta com a presença do vinho, o premiado Cheval Blanc da safra 1961, um dos mais caros do mundo.

Na época, esse belo filme fez com que as vendas de Pinot Noir explodissem nos Estados Unidos e também houvesse uma enxurrada de turistas visitando as áreas vinícolas da Califórnia. Dois anos depois de Sideways entrar em cartaz, em 2006, lançou-se “Um bom ano”, estrelado pelo galã Russell Crowe (o mesmo de “Gladiador”). Nele, o protagonista – em oposição ao do filme anterior (que era um fracassado que encontra sua redenção no vinho) – é um bem-sucedido investidor que, de repente, vê-se obrigado a voltar às origens, quando era menino e vivia com o tio, um vitivinicultor na região da Provence, na França. Muitas cenas mostram as diversas etapas do processo de produção de um vinho e, junto a elas, metáforas sobre questões da vida e das relações humanas – que fazem com que o protagonista, aos poucos, se “reconverta” a esse mundo de simplicidade.

 

O documentário Mondovino trata dos bastidores da indústria vitivinícola em tempos de globalização

O filme “Julgamento de Paris” (“Bottle Shock” é o título em inglês) satiriza um evento histórico

Muitas filosofias do mundo do vinho são apresentadas no enredo de “Um bom ano”, com Russell Crowe

 

O vinho e sua história como protagonistas

Sideways e Um Bom Ano são dois dos filmes mais poéticos relacionados ao vinho, mas há alguns que tratam do vinho ainda mais diretamente. Um deles é o documentárioMondovino, também lançado em 2004, que mostra os bastidores do mundo do vinho, criticando a globalização dos estilos e alguns dos personagens ligados a esse fenômeno, como crítico norte-americano Robert Parker e o consultor de inúmeros produtores mundo afora Michel Rolland.

Da seriedade, voltamos para a comédia com uma adaptação da história do “Julgamento de Paris”, lançada em 2008. O filme é uma versão bem-humorada dos acontecimentos de uma degustação ocorrida em 1976, que abalaria o mundo do vinho para sempre. A performance cômica do ator inglês Alan Rickman (que faz o professor Severus Snape da série Harry Potter), que interpreta o papel de Steven Spurrier, marca todo o filme, que, devemos dizer, não mostra a realidade dos fatos, apenas os caricatura. Diante disso, uma nova versão – desta vez “verídica” garantem os produtores – promete ser lançada nos próximos anos.

Há ainda tantos outros filmes em que o vinho tem grande papel – como “Caminhando nas nuvens”, “Conto de outono”, “O vale das paixões”, “Surpresasdo coração” etc –, sempre, contudo, apoiados nas filosofias de vida que decorrem do belo e encantador mundo do vinho.

Vinho como coadjuvante de peso

Em muitos filmes que tratam sobre gastronomia, ou mesmo outros tantos que não tem nada a ver com temas de comida, o vinho surge em momentos chave e torna-se uma referência. Quem não nota os Champagne de Casablanca e James Bond, por exemplo? E dos vinhos clássicos que aparecem incidentalmente como em Ratatouille? Um dos filmes mais emblemáticos nessa linha é “A festa de Babette”, um drama dinamarquês de 1987, que venceu o Oscar como melhor filme estrangeiro. Ele narra uma história singela sobre uma refugiada francesa que surge em um povoado bucólico na Dinamarca. O ponto alto do filme é o jantar preparado por Babette, com alguns vinhos célebres.

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