Degustação
Reúna os amigos e escolha um tema da degustação!
A melhor maneira de conhecer vinhos é bebendo. Melhor ainda, degustando. Mas como fazer para conhecer vários vinhos de uma só vez sem prejudicar a saúde e o bolso? É fácil, reúna seus amigos que também são apreciadores, determine um valor em comum (por exemplo: R$ 50 por pessoa) e monte uma degustação caseira.
Decida com seu grupo um tema: brancos ou tintos de várias uvas diferentes ou mais raras (nesse caso, você vai degustar para descobrir as diferenças entre as uvas e é indicado que os vinhos tenham preços semelhantes), espumantes brasileiros (você pode escolher apenas aqueles feitos pelo método Charmat ou pelo método tradicional), vinhos tintos que são misturas de uvas (blends ou assemblagens) e, nesse caso, pode ser interessante fazer uma separação entre vinhos do Novo e do Velho Mundo ou ainda as provas temáticas, de país ou uva.
Escolhendo as garrafas
Vamos supor que você tenha escolhido fazer uma degustação de vinhos da uvaCabernet Sauvignone tenha um grupo de seis amigos. Com os R$ 300 em mãos você poderá comprar um grande vinho de R$ 100, dois vinhos em torno de R$ 35 e dois vinhos na faixa de R$ 60, fazendo um bom painel, que poderá incluir apenas vinhos europeus ou apenas vinhos do Novo Mundo. E ainda sobrará dinheiro para a água e o pão, que devem acompanhar a sua degustação.
Uma boa dica é ir a uma loja especializada em vinhos e falar com o sommelier. Explique o que você quer fazer e a verba da qual dispõe, e ele lhe ajudará a montar um painel de degustação interessante e explicativo.
Tente evitar vinhos muito conhecidos de todos ou aqueles que estão em oferta nas lojas. Aproveite para conhecer coisas novas e você terá boas surpresas.
Montando o cenário
Ainda levando em consideração que a sua degustação será de cinco vinhos tintos, é importante que você deixe essas garrafas descansando deitadas em local de temperatura estável, durante 24 horas. No dia da degustação (aproximadamente 30 minutos antes), coloque as garrafas na porta da geladeira e deixe-as refrescarem.
Enquanto isso, prepare uma mesa com boa iluminação e uma toalha clara. Se isso não estiver disponível, compre guardanapos grandes e brancos de papel, eles servirão para olhar a cor do vinho na taça, com a luz incidindo por cima. Tenha ao menos três guardanapos por pessoa, pois eles servirão, também, para secar as taças na mudança entre um vinho e outro.
Prepare jarras de água, cestas de pão e, se possível, pequenos vasos (hoje existem alguns de plástico ou de alumínio) com um guardanapo pequeno dentro, para servirem de cuspideiras. Um para cada duas pessoas é o suficiente.
Limpe as taças com um pano que não deixe fios e com uma mistura de água e álcool em partes iguais. Não é necessário que as taças sejam todas iguais e nem mesmo de cristal, mas dê preferência aos vidros mais finos e conte duas taças por pessoa, ou uma taça e um copo para água.
Para cobrir as garrafas, você pode usar embalagens de papel ou plástico brilhante ou até mesmo papel alumínio. Coloque números em cada garrafa e dê aos seus confrades papel e lápis para fazerem as anotações.
Abra os vinhos e inicie a sua degustação, a princípio, não engolindo os vinhos, até que todos tenham sido provados. Quando tiverem feito isso, tirem a proteção da garrafas e descubram as novidades que, com certeza, aparecerão nessa primeira degustação às cegas.
Vale a pena prestar atenção à ordem em que os vinhos devem ser servidos para apreciar melhor todas as garrafas
Ordem de degustação
Diferentemente do dito popular, a ordem dos vinhos altera, sim, a percepção final deles. Não vale começar com vinhos doces que irão ocupar seu paladar e depois passar para os mais secos. A ordem que facilitará sua prova é a seguinte:
1- Os vinhos mais jovens primeiro e os mais velhos depois (a exceção fica no caso de ser o mesmo vinho em safras diferentes, daí a ordem se inverte);
2- Os espumantes mais secos chegam primeiro, depois os meio-secos e, por fim, os moscatéis;
3- A degustação de vários estilos deve começar com os espumantes secos, depois os brancos sem madeira, brancos com madeira, rosés mais claros para rosés mais escuros, tintos leves, tintos jovens, tintos sem madeira, tintos com madeira, tintos de guarda, espumantes doces, vinhos doces e, por fim, os vinhos fortificados.