Mundo do Vinho
Aos 88 anos, um dos ícones de Barolo, Giuseppe “Beppe” Cola, faleceu em no começo de 2019, no ano em que celebraria sua 70ª colheita. Em 1960, ele uniu forças com Renato Ratti e Gildo Cavallotto (entre outros produtores) na comissão para traçar as fronteiras de Barolo, preparando o que seria a denominação de origem.
Beppe Colla começou a fazer vinho depois de se formar em 1949 na Scuola Enologica em Alba. Depois de administrar a Casa Vinicola Bonardi, ele comprou a vinícola de Cavalier Prunotto em 1956, produzindo excelentes safras do Barolo Prunotto até 1990. Ele também foi um dos primeiros produtores a introduzir os Crus de Barolo em 1960, engarrafando seus vinhos como Bussia, após uma visita à região da Borgonha.
Ele foi um dos primeiros a entender a importância da extração excessiva com as uvas Nebbiolo, algo que ainda pode ser um problema hoje. Muitos italianos lembram seus desafios como presidente do Consorzio di Tutela Barolo Barbaresco durante o escândalo do metanol, especialmente porque ele sempre trabalhou pelos vinhos de qualidade.
Nos anos 90, ele começou uma colaboração com Piero Antinori, a quem ele então vendeu a vinícola. Alguns anos depois, fundou sua vinícola familiar, Poderi Colla, com seu irmão Tino e o sobrinho Pietro. Foi também um dos fundadores da Ordem dos Cavaleiros da Trufa e dos Vinhos de Alba, associando-se à gastronomia de Langhe.
MAIS UM BEPPE
Essa é a segunda perda importante para a região de Barolo em pouco tempo. Giuseppe “Beppe” Rinaldi faleceu no início de setembro do ano passado. Ele tinha 70 anos e foi um dos mais respeitados produtores de Barolo de sua geração.