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Desde 2006, o grupo das “mais poderosas” famílias de vinho, o Primum Familiae Vini (PFV) tinha “uma garrafa a menos na caixa”. Nascida em 1990, essa associação de vinícolas comandadas unicamente por empresas 100% familiares, tem, no máximo, 12 membros – a quantidade de garrafas em uma caixa de vinho.
Na verdade, em 2005, devido a mudanças societárias nas empresas de Robert Mondavi e Paul Jaboulet Ainè, a PFV estava “desfalcada”. No ano seguinte, com a entrada do Château de Beaucastel, somaram-se 11 membros. Desde então, nenhum outro foi agregado para “fechar a caixa”.
Agora, porém, o príncipe Robert de Luxemburgo, proprietário de quarta geração do Château Haut-Brion, tornou-se o 12º membro da Primum Familiae Vini. Os outros 11 membros são: Antinori, Joseph Drouhin, Egon Muller Scharzhof, Famille Hugel, Familia Torres, Barão Phillipe de Rothschild, Famille Perrin, Tempo Vega Sicilia, Tenuta San Guido, Symington Family Estates e Champagne Pol Roger. Para se tornar membro, além de a vinícola precisar ser 100% familiar, também necessita ser aprovada unanimemente por todos os participantes.
O grupo se reúne anualmente para trocar ideias sobre questões de qualidade e negócios (familiares), além de promover eventos. As gerações mais jovens geralmente ganham experiência fazendo intercâmbios nas vinícolas dos membros.
“Minha família e eu estamos verdadeiramente honrados e emocionados por sermos incluídos em uma organização tão prestigiada que compartilha nossos valores e nossos compromissos de longo prazo com o mundo dos vinhos finos”, afirmou o príncipe Robert.
Hubert de Billy, atual presidente da PFV, revelou que “quando o grupo se formou no início dos anos 1990, havia duas propriedades de Bordeaux, com Mouton e Cos d’Estournel”. “Quando a família Prats vendeu Cos, eles não podiam mais fazer parte. Portanto, é apropriado que tenhamos novamente uma segunda propriedade de Bordeaux. Há 12 garrafas em uma caixa de vinho e agora temos 12 membros”, finalizou.