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Uma pesquisa publicada na revista American Association for the Liver Diseases, Hepatology, revelou que há uma ligação entre o clima de uma região e o consumo médio de álcool da população local e mostrou que, quanto mais baixas as temperaturas e menos horas de luz solar, maiores são os níveis de consumo. “Todos presumem que as pessoas bebem muito na América do Norte porque é frio, mas ficamos surpresos por ninguém ter estudado isso”, disse Ramon Bataller, professor da Universidade de Pittsburgh.
Para investigar essa hipótese, Bataller e sua equipe analisaram dados da Organização Mundial de Saúde, da Organização Meteorológica Mundial e de outros grandes conjuntos de dados públicos para reunir informações sobre 193 países, todos os 50 estados e 3.144 municípios dos Estados Unidos. Eles realizaram uma análise sistemática dos padrões e níveis de consumo de álcool nas diferentes áreas – consumo total per capita, porcentagem da população que bebe e incidência de consumo excessivo – assim como a média anual de horas de sol e temperatura média, para ver se há de fato uma correlação entre o consumo de álcool e o clima.
De acordo com Bataller, existem vários fatores que provavelmente desempenham um papel no consumo. Algumas possibilidades são o fato de o álcool ser vasodilatador, além de climas mais frios e dias mais escuros poderem limitar as opções de lazer de uma pessoa (possivelmente levando-a a ficar em casa e a beber mais) ou ainda levar à depressão (o que pode fazer com que a pessoa beba mais).
“Este estudo sugere que talvez as pessoas bebam mais durante os meses mais frios, mas a sazonalidade não foi comprovada”, afirmou Bataller. Como muitos estudos que têm a ver com álcool e saúde, este mostra uma correlação, não uma causa direta, e é importante ter em mente que existem inúmeros outros fatores que podem determinar o quanto um indivíduo bebe.