Você Sabia?
Portugal é um paraíso para quem gosta de enoturismo. São muitos destinos sedutores, não só pela presença de vinícolas que valem a visita, mas também pelo acesso fácil (para os padrões brasileiros, as distâncias nunca são longas e as estradas, em geral, impecáveis), pela excelente oferta gastronômica, ou ainda porque as atrações não se limitam ao vinho e à comida.
Computando-se todos esses critérios, poucas destinações enoturísticas no país, um dos preferidos dos brasileiros atualmente, se comparam à região em torno da cidade deÉvora,a capital informal doAlentejo.
Senão, vejamos. Évora fica a pouco mais de uma hora de carro (e o carro é fundamental para se aproveitar ao máximo uma viagem desse tipo) do aeroporto internacional de Lisboa. Boa parte do percurso é feito numa autoestrada que nos deixa cheios de inveja e tentados a pisar mais fundo no acelerador. Obviamente, o conforto tem seu preço. Paga-se “portagem”, o equivalente, em português de Portugal, ao nosso pedágio. Aliás, para quem se diverte com as diferenças entre as “duas” línguas irmãs, recomendo a leitura do impagável Dicionário de Português do Mario Prata, cujo provocativo subtítulo, “Schifaizfavoire”, já diz tudo. Infelizmente, está esgotado, mas pode ser encontrado em sebos. Ponto nº 2: Évora fica no coração do Alentejo, a maior região (vinícola, mas também geográfica) de Portugal. Por isso, não faltam vinícolas que justificam a quilometragem a mais, oferecendo diferentes programações, que vão da simples visita às caves com degustação de alguns rótulos a explorações arqueológicas e até passeios de balão. Algumas tem restaurante, o que permite unir o útil ao agradável, ou seja, fazer uma bela refeição no local, acompanhada, evidentemente, dos vinhos ali produzidos, o que é sempre uma experiência única.